Em viagem ao Egito, Lula voltou a atacar Israel ao dizer que o país descumpre decisões tomadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e por outros órgãos multilaterais sobre a reação bélica ao grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza. O petista deu a declaração a jornalistas ao lado do ditador egípcio Abdul Fatah Khalil al-Sisi, no Cairo.
“A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas me parece que Israel tem a primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas”, disse Lula.
O chefe do Executivo defendeu um cessar-fogo definitivo e reafirmou que a reação israelense “não tem explicação” porque está matando mulheres e crianças em Gaza.
“Não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, está matando mulheres e crianças – coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento”, disse. O petista falou à imprensa, mas em nenhum momento classificou o Hamas como grupo terrorista ou mencionou sobre as mulheres e crianças assassinadas no ataque brutal de 7 de outubro de 2023.
Em 26 de janeiro, a Corte, que fica em Haia, na Holanda, decidiu que Israel deve tomar uma série de medidas para evitar práticas de “genocídio” na Faixa de Gaza. A decisão, porém, não ordenou um cessar-fogo no conflito, o que foi criticado por alguns países.
Nos próximos dias, Lula se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Adis Abeba, na Etiópia, à margem da cúpula da União Africana, da qual o petista participará como convidado de honra.