Ao invés de melhorar a educação pública, Lula (PT) insiste que estudantes de escolas particulares devem ir para o deficiente e ideologizado ensino público. Durante a cerimônia de entrega do Prêmio Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, o petista criticou economistas que apontam dificuldades na expansão de escolas federais e afirmou que investimentos na área não serão barrados. “Esse país só vai dar certo o dia que a classe média voltar para a escola pública”, declarou o petista.
Apesar do discurso otimista, os indicadores educacionais do Brasil continuam alarmantes. De acordo com a última edição do Pisa, exame internacional que avalia a qualidade da educação em 81 países, os estudantes brasileiros ficaram entre os piores colocados, com desempenho inferior ao de países latino-americanos como México e Chile. Além disso, dados da Prova Brasil, divulgados pelo próprio Governo Federal, revelam que mais de 60% dos alunos do 5º ano não conseguem identificar informações básicas em textos simples, enquanto 90% dos estudantes do 9º ano falham em converter unidades de medida.
Especialistas em educação apontam que o problema não se restringe à falta de investimento, mas à baixa exigência acadêmica e à ideologização do ensino. Para Anamaria Camargo, presidente do Livre pra Escolher, o sistema educacional brasileiro opera sem mecanismos de responsabilização, o que perpetua a ineficiência. “O estudante é uma mera desculpa para que o sistema receba recursos. Quando o resultado não vem, nada muda”, afirmou à Gazeta do Povo. Segundo ela, a falta de meritocracia na seleção de professores e a ausência de incentivos para profissionais mais qualificados também contribuem para o quadro preocupante da educação pública no país.
