Lula da Silva (PT) participou nesta sexta-feira (9) das comemorações do 80º aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, realizadas em Moscou, na Rússia. O evento, promovido pelo ditador Vladimir Putin, contou com a presença de líderes de regimes autocráticos, incluindo Nicolás Maduro, da Venezuela, e Miguel Díaz-Canel, de Cuba. A presença de Lula ao lado de figuras criticadas internacionalmente por violações de direitos humanos gerou reações negativas por parte de políticos brasileiros, especialmente da oposição.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), em publicação nas redes sociais, condenou o encontro entre Lula e Putin, apontando a insensibilidade do petista diante do conflito entre Rússia e Ucrânia. “Lula não satisfeito em ir a Moscou para aplaudir as tropas russas que invadiram a Ucrânia, abraçou calorosamente Vladimir Putin por sua própria iniciativa”, escreveu o parlamentar, que mencionou ainda a presença significativa de descendentes de ucranianos em seu estado. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ironizou o encontro com Maduro e Díaz-Canel, questionando: “Lula vai pedir conselho para os amigos?”.
Durante o desfile militar na Praça Vermelha, Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, acompanharam os eventos da tribuna oficial instalada diante do mausoléu de Lenin. A programação incluiu marcha de tropas com bandeiras soviéticas, homenagens a soldados mortos e um almoço no Kremlin com Putin. Segundo o governo brasileiro, a visita também tem como objetivo discutir o aumento das exportações brasileiras à Rússia, especialmente em áreas além dos fertilizantes. O embaixador Eduardo Paes Saboia afirmou que a meta é “reequilibrar a balança” comercial, ampliando os setores de interesse bilateral.