Durante uma entrevista concedida à Rádio Clube do Pará nesta sexta-feira (14), Lula da Silva (PT) defendeu a viabilidade da exploração de petróleo na Margem Equatorial, região da Amazônia. Em meio a discussões sobre preservação ambiental, Lula afirmou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (REDE), “jamais será contra” a iniciativa, argumentando que há formas de compatibilizar a extração de recursos com a proteção da natureza. O governo tem buscado avançar no licenciamento ambiental para prospecção, apesar da resistência de técnicos do Ibama, que no ano passado recomendaram a negativa da permissão.
Lula sustentou que é necessário equilibrar os interesses dos que apoiam e dos que se opõem à exploração de petróleo na Amazônia, destacando que o país não pode deixar de investigar o potencial energético da região. Segundo o petista, a Petrobras deve seguir critérios rígidos para garantir que eventuais impactos ambientais sejam minimizados. “Temos que agir com muita responsabilidade”, declarou, acrescentando que o cumprimento dos requisitos ambientais será fundamental para que o projeto avance.
O debate ocorre no contexto da preparação para a COP30, que será realizada em novembro de 2025 na cidade de Belém, no Pará. Lula afirmou que o evento acontecerá “do jeito que for”, mesmo diante da infraestrutura limitada da capital paraense. O líder socialista minimizou a falta de hotéis e sugeriu que os participantes da conferência “durmam na estrela do céu”, reforçando sua intenção de realizar o encontro sem grandes adaptações na cidade. A decisão de sediar a COP30 em Belém tem gerado críticas devido à necessidade de expansão da rede hoteleira e outros serviços para acomodar os mais de 60 mil participantes esperados.
