O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tomou a decisão de cancelar a reunião programada para debater o arcabouço fiscal. Isso ocorreu logo após o Ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) criticar publicamente a Câmara dos Deputados, afirmando que o atual sistema brasileiro assemelha-se a um “parlamentarismo sem primeiro-ministro”.
Haddad também questionou o poder crescente da Câmara, alegando que ela exerce uma influência sem precedentes sobre o Senado e o Executivo. Ele levantou dúvidas sobre a alocação de R$ 40 bilhões para emendas parlamentares no orçamento federal, ressaltando a porcentagem em relação ao PIB.
Em resposta, Lira e aliados consideraram as palavras de Haddad como uma afronta à autonomia de outro Poder, o que resultou no cancelamento da reunião sobre a nova regra fiscal, que engloba as normas que regem a política fiscal do país, incluindo impostos, controle de gastos e metas fiscais.