O real apresentou o terceiro pior desempenho entre as principais moedas sul-americanas em relação ao dólar desde 2013, ano em que Dilma Rouseff (PT) excercia o cargo de presidente da República, de acordo com um levantamento realizado pela consultoria financeira L4 Capital e dados da plataforma financeira Investing.com. Nesse período, o real perdeu aproximadamente 54% de seu valor em relação ao dólar, colocando-o atrás apenas do peso argentino e do peso uruguaio em termos de desvalorização.
O peso argentino liderou a lista com uma impressionante desvalorização de 98,37% desde 2013, refletindo a prolongada crise econômica que o país enfrenta, resultando na queda acentuada do valor de sua moeda. O peso uruguaio também teve um desempenho desfavorável, com uma desvalorização de 70,24% no mesmo período, em parte devido à influência da crise econômica na Argentina e a problemas locais de inflação.
A desvalorização do real tem implicações para os turistas brasileiros e empresas que dependem de contratos denominados em dólar, já que o valor pago em transações em moeda estrangeira mais do que dobrou ao longo dessa década. No entanto, é importante observar que o movimento de valorização do dólar não é exclusivamente resultado de problemas na América do Sul.
Um fator adicional a ser considerado é o aumento da aplicação de recursos nos Estados Unidos, o que tem contribuído para a valorização do dólar. Os Estados Unidos, como a maior economia do mundo, geralmente são vistos como um refúgio seguro para investidores em momentos de incerteza ou aversão ao risco nos mercados financeiros. Isso leva os investidores a buscar retornos financeiros mais previsíveis nos EUA, o que, por sua vez, contribui para a valorização do dólar em relação a outras moedas globais.