A primeira dama, Janja da Silva tem sido alvo de críticas dentro e fora do governo, intensificando a pressão sobre Lula (PT) em meio à queda de popularidade de sua gestão. Além da oposição, que questiona seus gastos e influência política, aliados do próprio governo passaram a demonstrar incômodo com seu protagonismo. O desgaste aumentou após episódios como a revelação acidental da alegoria da Portela e declarações polêmicas, como o ataque ao empresário Elon Musk durante o G20 Social.
As pesquisas de opinião refletem a crescente rejeição à primeira-dama. Levantamento da AtlasIntel/Bloomberg mostrou que 58% dos brasileiros têm uma imagem negativa de Janja, um salto em relação aos 40% registrados em outubro. Nas redes sociais, 53,4% das menções a ela foram negativas, segundo a consultoria Bites. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) amplificou as críticas ao publicar um vídeo irônico sobre os custos da Presidência, alcançando 32 milhões de visualizações e reforçando a mobilização da oposição.
A insatisfação também se manifesta entre evangélicos e integrantes do governo. Líderes religiosos apontam que a postura militante de Janja desagrada esse eleitorado, enquanto aliados do Planalto veem sua interferência como um fator de desgaste. Para conter danos, Lula limitou sua participação em reuniões estratégicas, mas seguiu defendendo sua atuação política. Enquanto isso, a oposição, liderada pelo deputado Zucco (PL-RS), intensificou pedidos de informações para apurar o papel da primeira-dama na administração federal.
