Apesar de o Brasil enfrentar um aumento recorde nas queimadas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e a primeira-dama Janja Lula da Silva estão em Nova York para participar da 79ª Assembleia Geral da ONU e da Semana do Clima. Durante o evento, ambos pretendem discursar sobre mudanças climáticas e atrair investimentos para o Brasil. Haddad reforçará a ideia de que o país tem potencial para ser líder no desenvolvimento sustentável, enquanto Janja cobrará maior participação da iniciativa privada no Fundo Amazônia.
A agenda de Haddad inclui encontros fechados com CEOs de grandes empresas e representantes de fundos globais para discutir o futuro da economia verde no Brasil. Ele aproveitará o corte recente dos juros pelo Federal Reserve para argumentar que, com a estabilização da inflação e reformas econômicas aprovadas, o Brasil é um destino promissor para investidores. Janja, em um discurso anterior, destacou a necessidade de doações privadas para o Fundo Amazônia, falando sobre o compromisso do ‘seu governo’ com a preservação ambiental, mesmo em um cenário de crise climática agravada.
Enquanto isso, o Brasil enfrenta críticas pela resposta insuficiente às queimadas, com mais de 20 mil focos de incêndio registrados apenas em setembro. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), chegou a classificar a situação como “terrorismo climático”, culpando grupos criminosos pela intensificação das queimadas. O desafio para Haddad e Janja será equilibrar a imagem do país como protagonista da agenda ambiental, enquanto internamente o governo enfrenta catástrofes ambientais crescentes.