Em meio a uma escalada de tensões na região, Israel lançou uma série de intensos ataques aéreos na cidade de Rafah na segunda-feira (6) à noite, começando o que anunciaram há semanas como o ataque definitivo para acabar com Hamas.
De acordo com um comunicado emitido pelo gabinete de guerra de Israel, a decisão de realizar uma operação em Rafah foi tomada por unanimidade.
A operação militar em Rafah ocorre após ataques aéreos israelenses causarem pelo menos cinco mortes na cidade, de acordo com relatos de um hospital local. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram ter bombardeado mais de 50 alvos do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na região de Rafah nas últimas horas.
A ordem de evacuação emitida por Israel afeta cerca de 100.000 pessoas nas áreas orientais de Rafah. A evacuação foi realizada por meio de mensagens de texto, panfletos lançados do céu e transmissões de rádio. As autoridades israelenses estabeleceram uma área humanitária expandida na região de Khan Younis e al-Mawasi para acolher os evacuados.
O tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz do IDF, explicou que a operação planejada em Rafah tem um alcance limitado e não especificou se seria o início de uma invasão mais ampla na cidade. No entanto, ele alertou que as ordens de evacuação apenas aumentariam o sofrimento dos civis.
A situação em Rafah tem gerado preocupação internacional. O porta-voz do secretário-geral da ONU alertou que uma evacuação em massa seria impossível de realizar de forma segura e que a ONU não estava participando de nenhuma evacuação involuntária.