O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (30) revelou que a projeção para a inflação de 2025 subiu de 4,84% para 4,96%, sinalizando novas dificuldades para o controle dos preços no Brasil, enquanto a previsão para a taxa Selic, principal instrumento para conter a alta inflacionária, foi mantida em 14,75% no final de 2025, com o Comitê de Política Monetária (Copom) já tendo elevado os juros a 12,25% em dezembro. Especialistas apontam que o cenário exige juros ainda mais altos para alinhar a inflação à meta de 3%.
Além da inflação, o boletim trouxe revisões pessimistas para outros indicadores econômicos, como a desvalorização do real em 2025, de R$ 5,90 para R$ 5,96 por dólar, e o recuo marginal no crescimento do PIB previsto para o próximo ano, de 2,02% para 2,01%, refletindo um cenário incerto, diante do cenário econômico global com a nova gestão de Donald Trump nos EUA, e gastos elevados do governo Lula (PT).
Apesar das dificuldades, houve leve melhora nas projeções para 2024, com a inflação ajustada de 4,91% para 4,90%. No entanto, esse número ainda excede o teto da meta inflacionária de 4,5%. Enquanto isso, as expectativas para o dólar no final do próximo ano subiram para R$ 5,96.