O Ibovespa, índice de referência da bolsa de valores brasileira, enfrenta uma série de quedas consecutivas desde o dia 21 de setembro, acumulando uma redução de 1,49% no pregão de hoje. Essa tendência baixista é resultado direto da crescente preocupação dos investidores em relação à evolução das taxas de juros nos Estados Unidos.
O aumento nas taxas de juros futuros nos Estados Unidos tem atraído investidores para os títulos do Tesouro americano, resultando na saída de capital de mercados considerados mais arriscados, como o mercado brasileiro. Essa migração de recursos tem afetado negativamente o desempenho das empresas brasileiras listadas na bolsa.
Cenário doméstico: Inflação e taxa de juros
Internamente, os indicadores apontam para uma desaceleração da inflação, embora se destaque a possibilidade de uma retomada nos próximos meses, devido a uma base de comparação mais baixa no ano anterior. Além disso, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reiterou que o ritmo de cortes na taxa básica de juros seguirá em 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões. Em relação ao câmbio, o real continuou a se desvalorizar em relação ao dólar, refletindo a tendência de valorização da divisa de Washington em escala global.
Cenário internacional: Queda nas bolsas dos EUA e Europa
Além do Brasil, os mercados globais também enfrentaram problemas. Nos Estados Unidos, as bolsas de valores registraram quedas, com o Nasdaq liderando o movimento. Essas quedas ocorreram após um aumento nas taxas dos títulos do Tesouro dos EUA e a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) manterá as taxas de juros elevadas por mais tempo. Na Europa, preocupações com a desaceleração econômica na China afetaram negativamente os investidores, resultando em quedas nas principais bolsas europeias.