O grupo terrorista Hamas anunciou nesta quinta-feira (9) o fim das ofensivas contra Israel, em um acordo que inclui a devolução dos reféns sequestrados e dos corpos de 28 vítimas. A declaração foi feita por Khalil Al Hayya, um dos poucos líderes sobreviventes da organização, e contou com o aval dos Estados Unidos. O pacto representa uma virada no conflito iniciado em 2023, marcado por milhares de mortes e destruição na Faixa de Gaza.
O acordo prevê a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua em Israel, além de 1.700 detidos durante os confrontos. Em troca, o Hamas se compromete a encerrar os ataques e permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. A mediação norte-americana foi decisiva para a formalização do cessar-fogo, que busca estabilizar a região e evitar novas ofensivas. A fronteira com o Egito também será reaberta, facilitando o fluxo de suprimentos e deslocamentos civis.
A devolução dos corpos dos reféns mortos será conduzida sob supervisão internacional. O Hamas reconheceu que parte dos cadáveres está desaparecida, o que poderá dificultar a conclusão do processo. O pacto também estabelece que Israel interrompa operações militares em Gaza, desde que o grupo islâmico mantenha o compromisso de não retomar os ataques.