O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), rejeitou a possibilidade de reduzir o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre câmbio para conter a alta do dólar, que atingiu R$ 5,69 na manhã desta terça-feira (2). A moeda americana subiu 0,45%, sendo cotada a R$ 5,6784 às 11h30, após críticas recentes de Lula da Silva (PT) ao Banco Central do Brasil. Haddad afirmou que o governo deve focar em “ajustes na comunicação” sobre a autonomia do Banco Central e o arcabouço fiscal para estabilizar o câmbio.
Além disso, Haddad desmentiu rumores sobre intervenções diretas no mercado cambial e enfatizou que a agenda do Ministério da Fazenda é eminentemente fiscal. “Não sei de onde saiu esse rumor. Aqui na Fazenda nós estamos trabalhando em uma agenda eminentemente fiscal com o presidente”, afirmou. Segundo Haddad, a comunicação eficiente sobre a autonomia do Banco Central e a rigidez do arcabouço fiscal é essencial para tranquilizar o mercado e estabilizar a moeda.
Em relação à redução de despesas, Haddad confirmou uma reunião com Lula para discutir propostas para o cumprimento do arcabouço fiscal para os anos de 2024, 2025 e 2026. No entanto, não estabeleceu uma data específica para apresentar essas propostas, citando a complexidade e o tempo necessário para desenvolver um plano abrangente, que possa diminuir a pressão do mercado financeiro para reduzir despesas e evitar aumentos tributários.