O ministro Fernando Haddad saiu dos eixos quando tentou explicar o que Lula quis dizer ao colocar em xeque a meta de déficit fiscal zero. Segundo Haddad, o discurso do presidente, na última sexta-feira (27), mostram preocupação com a “erosão da base fiscal”.
Ficou tudo meio confuso para os jornalistas, Haddad culpou o judiciário durante a entrevista. O ministro afirmou que duas decisões da Justiça que geraram perda de dezenas de bilhões de reais em arrecadação para o governo e estados.
A declaração foi dada durante o anúncio das indicações de novos diretores para o Banco Central. Haddad explanou que a circunstância foi afetada há seis anos pela decisão da Justiça que autorizou o abatimento, por empresas, de auxílios pecuniários dados por estados.
A decisão foi alterada este ano pelo STJ, com ganho ao Executivo, mas o governo ainda aguarda votação de Medida Provisória pelo Congresso para buscar os valores atrasados.
Haddad na tentativa de contornar a justificativa do recuo da meta de zerar o rombo, falou sobre o abatimento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica.
Sofrendo um bombardeio de perguntas, Haddad encerrou irritado a entrevista coletiva e não explicou qual é a meta fiscal do governo.
Talvez ele faça como Dilma Rousseff, e “dobre a meta”.