A Prefeitura de São Paulo anunciou a reestruturação da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que ganhará novas atribuições e poderá atuar de forma mais ampla na segurança pública. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirmou que está desenvolvendo um Projeto de Lei para formalizar as mudanças, destacando que a GCM já exerce funções policiais na prática. “As cidades precisam atender a essa demanda por segurança, e a GCM tem se mostrado cada vez mais relevante neste cenário”, afirmou Nunes durante uma entrevista sobre o balanço do Carnaval 2025.
Entre as mudanças previstas, está a criação de uma academia de formação específica para os guardas, além de ajustes operacionais para melhorar a eficiência das ações. Paralelamente, tramita na Câmara Municipal um projeto que pretende renomear a corporação para “Polícia Metropolitana” ou “Polícia Urbana”, acompanhado da criação de um brasão próprio. A proposta, que deveria ter sido votada em fevereiro, foi adiada devido à suspensão de uma sessão extraordinária.
A iniciativa ocorre após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as guardas municipais a realizarem policiamento ostensivo, incluindo prisões em flagrante e buscas pessoais, embora sem poder de investigação. A GCM de São Paulo, que conta com um efetivo de 7,5 mil agentes, já vinha atuando dessa forma, mas a decisão do STF encerra a disputa jurídica sobre o tema.
