O premiê do Reino Unido, Rishi Sunak exerceu sua prerrogativa para escolher a data das eleições gerais, nas quais todos os membros da Câmara dos Comuns serão votados e o partido com mais assentos formará o governo. Após um breve experimento com a reforma constitucional que tentou instaurar parlamentos de mandato fixo — com resultados desastrosos —, as eleições agora serão convocadas para o dia 4 de julho.
O primeiro-ministro tinha até janeiro do próximo ano para convocar as eleições, e a sabedoria convencional sugeria que ele deixaria isso para o último momento possível, dado que isso daria mais tempo à economia para mostrar sinais de recuperação, o que, pensava-se, melhoraria as chances de Sunak. No entanto, os conservadores estão em um momento baixíssimo de popularidade, correndo o risco de ser esmagados, após descumprir promessas eleitorais.
Na última votação nacional em 2019, os conservadores se beneficiaram significativamente de um pacto eleitoral com o partido ‘Reform UK’ de Nigel Farage, que, em troca de retirar seus candidatos nos assentos dos ‘tories’ (monarquistas) favoráveis ao Brexit e não recebeu absolutamente nada em troca. No entanto, o plano funcionou como esperado, e ao não dividir o voto da direita, o ‘Reform’ entregou aos conservadores uma maioria histórica, 365 assentos em uma câmara de 650.
Atualmente, segundo a BBC, o Partido Trabalhista (esquerda) está liderando com 45%, seguido pelos conservadores com menos da metade dos votos potenciais (23%). Em terceiro lugar o partido ‘Reform’ pode obter 11% dos votos, e os liberais-democratas só conseguiriam 9%.