O governo Lula (PT) organiza um evento no Palácio do Planalto em 8 de janeiro para marcar dois anos dos ataques à praça dos Três Poderes, em um formato que vem sendo chamado de “show político” pela oposição. Com desfiles e intervenções artísticas, a cerimônia, que inclui ministros, governadores e representantes da sociedade civil, exclui parlamentares bolsonaristas, quem segundo a narrativa do golpe propagada pelo governo petista, teriam apoiado a suposta tentativa de golpe.
Diferente do ano passado, quando o evento foi sediado no Congresso Nacional sob o título “Democracia Inabalada”, a escolha do Palácio do Planalto sugere um tom mais político. Além da participação de artistas que criarão obras com os destroços dos ataques, uma roda de conversa com trabalhadores da reconstrução do STF está prevista. Edson Fachin, vice-presidente do Supremo, será o representante da Corte nos atos devido à ausência do presidente Luís Roberto Barroso, que estará fora do país.
Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) implementará uma célula de inteligência presencial para reforçar o monitoramento até 12 de janeiro. “A célula já existia, mas decidimos atuar de forma presencial devido aos eventos recentes”, declarou Alexandre Patury, Secretário Executivo de Segurança Pública. A operação envolve órgãos como a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional, visando evitar qualquer tipo de incidente.