O governo Lula (PT) expressou “profundo pesar” pela morte de Ismail Haniyeh, chefe do Escritório Político do grupo terrorista Hamas, morto em um ataque em Teerã, no Irã. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou rapidamente o ato, classificando-o como um “flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã”, além de afirmar que tais ações violam os princípios da Carta das Nações Unidas. Entretanto, o governo tem evitado comentar sobre o bombardeio de um campo de futebol no norte de Israel pelo Hezbollah, gerando dúvidas sobre uma possível condenação seletiva de eventos envolvendo grupos terroristas e o povo judeu.
A declaração oficial do Itamaraty enfatizou a necessidade de “máxima contenção” no Oriente Médio, argumentando que a violência não contribui para a estabilidade e paz duradouras na região. No entanto, o governo Lula tem sido reticente em condenar ataques contra Israel que resultaram na morte de inocentes, incluindo civis sequestrados, alguns deles brasileiros.
A postura do governo Lula tem gerado críticas, especialmente de setores que defendem uma abordagem mais rígida contra organizações terroristas. O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), e outros líderes políticos destacaram que a falta de uma posição clara contra o Hamas pode ser vista como um sinal de fraqueza nas relações internacionais do Brasil. Críticos também apontam para a recente visita do vice-presidente do governo Lula ao Irã, onde esteve próximo a líderes do Hamas e Hezbollah, como um indício da proximidade do governo brasileiro com esses grupos.