O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), destacou em entrevista à Bloomberg na sexta-feira (3) a importância do alinhamento político na escolha do próximo CEO da Vale. De acordo com Silveira, a sucessão na mineradora deve assegurar uma maior afinidade com o governo Lula (PT), visando resolver questões ambientais e sociais decorrentes das atividades da empresa.
O governo petista mantém sua posição de influenciar na sucessão da Vale, procurando colocar um aliado na liderança da empresa. No entanto, uma tentativa anterior, com a indicação de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, foi rejeitada pelos acionistas privados. Enquanto isso, o atual CEO, Eduardo Bartolomeo, teve seu mandato estendido até o final de 2024, e a Vale anunciou que a lista tríplice de candidatos à presidência será definida até setembro deste ano.
Entre os nomes cotados para a sucessão na Vale estão Walter Schalka, Paulo Cafarelli e Luís Henrique Guimarães. O governo busca um líder confiável que possa contribuir para a gestão do PT, seguindo a experiência adotada na administração da Petrobras durante o governo Lula. A Vale, que passou por um segundo processo de privatização durante o governo Bolsonaro, agora é uma empresa de controle privado, alterando o cenário para intervenções governamentais diretas na companhia.