O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou nesta quinta-feira (31), que uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) será realizada no Rio durante a Cúpula do G20, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, com o objetivo de proteger os líderes internacionais presentes, como o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping. A medida, concedida exclusivamente pela Presidência da República, dá poder de polícia temporário às Forças Armadas, buscando garantir uma imagem de segurança aos visitantes ilustres.
Apesar do reforço, a segurança adicional não representa melhorias reais para a população local. O Rio de Janeiro é considerado um dos lugares mais perigosos do mundo, com grandes áreas da cidade e do estado sob controle do crime organizado, que persiste com intenso tráfico de drogas e milícias. Em declarações passadas, o próprio Lula da Silva (PT) havia se oposto a novas GLOs, criticando a ineficácia e o alto custo de intervenções anteriores que, segundo ele, “fazem os bandidos tirarem férias para voltarem depois”. Castro, por sua vez, afirmou que “não é de hoje que a gente realiza grandes eventos” e que, para este, cabe ao governo federal garantir a segurança dos convidados.
Essa operação temporária é vista como um esforço para apresentar uma situação de normalidade na capital fluminense, já que visa mais criar uma percepção positiva para os visitantes internacionais do que trazer melhorias efetivas para a segurança da população carioca. Enquanto mudanças pontuais, como a restrição de voos no Aeroporto Santos Dumont, visam aumentar a sensação de segurança para os líderes mundiais, essas ações destacam o contraste entre a imagem de segurança exibida durante o evento e a realidade cotidiana de um Rio marcado pela violência e pela vulnerabilidade dos cidadãos.