O governo de São Paulo declarou estado de emergência devido ao aumento expressivo dos casos de dengue, medida oficializada nesta quarta-feira (19). Com 124.380 casos confirmados e 113 mortes registradas, a situação se agravou principalmente na região noroeste do estado, que inclui municípios como Araçatuba e São José do Rio Preto. O decreto permite que recursos estaduais sejam utilizados de forma ágil no combate à doença, eliminando exigências burocráticas como licitações.
Para reforçar a assistência à população, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou um acréscimo de 20% no financiamento de internações hospitalares, ampliando o teto para média e alta complexidade (limite financeiro para custear serviços e ações de saúde) para hospitais conveniados ao SUS. Além disso, serão investidos R$ 3 milhões na aquisição de 110 novos equipamentos de nebulização, a fim de intensificar o combate ao mosquito transmissor. “O objetivo é garantir que cada município tenha a infraestrutura necessária para adotar as medidas certas no momento certo”, declarou o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva.
Enquanto São Paulo age para controlar a epidemia, o Ministério da Saúde liberou a aplicação da chamada “xepa da vacina”, permitindo a imunização de pessoas entre 4 e 59 anos com doses remanescentes. No entanto, a decisão final cabe aos municípios, e grandes cidades paulistas, como São Paulo e Guarulhos, optaram por manter a vacinação restrita à faixa etária de 10 a 14 anos. Segundo dados federais, São Paulo concentrou 58,7% dos casos de dengue registrados no Brasil em janeiro, evidenciando a necessidade de medidas urgentes.