O governo chinês reuniu líderes do Hamas e do Fatah em Pequim, onde ambas as organizações terroristas palestinas assinaram um acordo comprometendo-se a acabar com a divisão entre si e fortalecer a unidade palestina, conforme reportado pela agência oficial chinesa Xinhua. Esse movimento ocorre em meio à guerra em Gaza, desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023, resultando em mais de 1.200 mortes e centenas de sequestros. A intervenção chinesa visa criar uma plataforma para a reconciliação entre as facções palestinas, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China.
A reunião, que começou no domingo e contou com a participação de quase 20 facções palestinas, busca discutir o futuro da Faixa de Gaza no pós-guerra. O representante da delegação do Hamas, Mousa Abu Marzook, afirmou que um acordo foi alcançado para completar um “curso de reconciliação”. A China, embora não seja um mediador tradicional no conflito Israel-Palestina, está se posicionando como facilitadora no esforço de resolução do conflito, sem se envolver diretamente nas negociações multilaterais que ainda não conseguiram alcançar um cessar-fogo duradouro.
Desde 2007, quando o Hamas expulsou as forças leais ao Fatah da Faixa de Gaza, as duas facções estão em conflito, com diversas tentativas de mediação por parte de Egito, Arábia Saudita, Catar e Rússia. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou que, após a guerra, o controle civil de Gaza deve ser mantido por funcionários locais distantes de entidades que apoiam o terrorismo. Enquanto isso, críticas à atuação do Hamas vêm de figuras como o porta-voz do Fatah, Jamal Nazzal, que acusa o Hamas de sacrificar civis palestinos e sabotar oportunidades de estabelecer um estado palestino soberano.