O governo federal voltou a adiar o anúncio das medidas do pacote fiscal, aguardando discussões com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), destacou que o texto está pronto e será apresentado ainda esta semana, mas que o momento exato depende do Congresso. “Está tudo redigido já, mas agora o dia, a hora, vai depender mais do Congresso do que de nós”, afirmou Haddad após reunião com Lula (PT).
Entre as propostas previstas estão uma Emenda à Constituição e um Projeto de Lei complementar que inclui medidas como o combate aos supersalários no Executivo. O pacote também prevê um ajuste no critério de reajuste do salário mínimo, limitando o ganho real entre 0,6% e 2,5%. Além disso, estão planejados pente-finos no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), bem como ajustes no abono salarial e no seguro defeso. Segundo Haddad, a economia estimada com as medidas pode atingir R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.
Enquanto isso, Lula se reuniu nesta segunda-feira (25) com ministros e lideranças do governo, além de Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, para discutir os detalhes do pacote. De acordo com Haddad, Galípolo foi convocado para oferecer sua visão técnica sobre as propostas. A apresentação preliminar do pacote ocorre nesta terça-feira (26) em encontros com líderes governistas, como José Guimarães (PT-CE) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), antes do anúncio oficial.