Apesar da grave crise elétrica em São Paulo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem dado ênfase ao envio de ajuda a Cuba, que enfrenta uma crise energética após a passagem do furacão Oscar. Mesmo com mais de 2,1 milhões de pessoas afetadas por apagões em São Paulo, Hoffmann pediu “solidariedade ativa” do governo Lula para apoiar o regime comunista de Cuba na resolução do problema elétrico. A parlamentar também lançou uma campanha para arrecadação de doações de alimentos e dinheiro para a ilha, afirmando que o povo cubano sempre foi solidário com o Brasil.
Ao mesmo tempo, São Paulo enfrenta sua própria crise energética, causada por temporais que deixaram a população sem eletricidade por dias. Enquanto a concessionária Enel busca restaurar o serviço, Gleisi Hoffmann criticou a privatização e responsabilizou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pela falta de investimentos no setor. No entanto, ela não propôs medidas de socorro aos paulistas afetados, em contraste com sua postura em relação a Cuba.
A posição da presidente do PT gerou críticas, sobretudo em círculos que defendem uma maior prioridade para os problemas internos do Brasil. Embora Hoffmann tenha citado o bloqueio econômico dos EUA como causa dos problemas cubanos, muitos questionam a urgência de destinar recursos para o exterior, enquanto brasileiros sofrem com apagões e um sistema elétrico também fragilizado.