O ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o decano Gilmar Mendes reagiram às novas sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. As medidas incluem o bloqueio de bens e restrições comerciais, além do cancelamento de vistos de integrantes do Judiciário e do Governo Federal. Moraes classificou as ações como “ilegais e lamentáveis”, enquanto Gilmar afirmou que se trata de um “ataque direto às instituições republicanas” e à independência do Poder Judiciário.
As sanções foram aplicadas com base na Lei Magnitsky, instrumento usado pelo governo Trump para punir indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. A esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e o Instituto Lex, ligado à família do magistrado, foram incluídos na lista de restrições. O Departamento do Tesouro também anunciou tarifas comerciais adicionais contra o Brasil, em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe.
Além de Moraes, outros nomes ligados ao Judiciário e ao Governo Lula (PT) tiveram vistos revogados, como Jorge Messias, advogado-geral da União, e juízes auxiliares do gabinete de Moraes. A medida amplia o cerco diplomático promovido pelos EUA, que já haviam adotado sanções semelhantes contra aliados do petista em julho e agosto. Moraes declarou que continuará a julgar “com independência e imparcialidade”, e que não aceitará “coações ou obstruções” no exercício da função constitucional conferida pelo povo brasileiro.