O economista Gabriel Galípolo assumiu oficialmente a presidência do Banco Central. O mandato à frente da autoridade monetária vai até o dia 31 de dezembro de 2028. Com a tarefa de substituir Roberto Campos Neto, o indicado de Lula está diante de um momento absolutamente tenso e tumultuado da economia brasileira. O dólar desenfreado obrigou o BC a utilizar mais de 30 bilhões em reserva nacional, o que representa 4,6% do total.
A falta de uma articulação política correta do Governo, somada aos dados pouco concretos no Orçamento, fizeram com que a moeda norte-americana começasse 2025 acima dos R$ 6. E as previsões são pouco animadoras. Outro ponto de atenção se refere à alta de preços. A inflação cada vez mais distante da meta tem um remédio amargo: a alta dos juros. E a consequência direta disso é uma economia cada vez mais travada, que não consegue avançar.
Aos 42 anos, Galípolo é um dos mais jovens presidentes do Banco Central, ficando atrás de Armínio Fraga, que liderou a autarquia em 1999. Ele integrou o Ministério da Fazenda de Haddad como secretário-executivo e toda essa proximidade com o Planalto gera desconfiança, apesar de Lula garantir que não haverá interferência.