O gabinete de guerra de Israel concordou em enviar uma delegação a Doha para conversações indiretas com o Hamas, mediadas por Qatar, Egito e EUA, sobre uma trégua temporária na Faixa de Gaza e uma troca de reféns por prisioneiros palestinos.
A delegação, liderada pelo diretor do serviço de inteligência Mosad, David Barnea, recebeu um “mandado geral” para conduzir negociações de forma indireta.
O grupo liderado por Barnea solicitou ao gabinete “tempo e flexibilidade” para negociar e “melhorar o acordo”, e resolver questões pendentes, como o número de prisioneiros palestinos a serem libertados em troca de reféns israelenses, bem como o aumento da ajuda humanitária.
De acordo com a proposta do Hamas, a primeira etapa seria uma trégua de seis semanas, incluindo a libertação de 35 reféns (mulheres, doentes e idosos) em troca de 350 prisioneiros palestinos. Israel retiraria suas tropas de duas rodovias principais em Gaza, permitindo que os deslocados retornassem ao norte.
Na segunda fase, as partes declarariam um cessar-fogo permanente, e o Hamas libertaria todos os reféns restantes em troca de mais prisioneiros. Na terceira fase, os islamitas entregariam os corpos de reféns mortos em troca de Israel levantar o bloqueio a Gaza e permitir a reconstrução.
Por enquanto, Israel rejeitou categoricamente um cessar-fogo permanente e insiste em retomar seu objetivo declarado de destruir o Hamas quando qualquer acordo de trégua expirar.
As partes já haviam alcançado um acordo de trégua em novembro, com duração de uma semana, que permitiu a troca de 105 reféns por 240 prisioneiros palestinos.