O ministro Flávio Dino defendeu firmemente o colega Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), após a divulgação de mensagens que revelam provas sobre a utilização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para abastecer o inquérito das fake news. Dino declarou que Moraes atuou de forma corretíssima e em estrito cumprimento do dever legal, rejeitando as acusações de irregularidades como “injustificadas”. Em seu discurso, Dino ressaltou a importância do cumprimento do dever, mesmo diante de ataques e questionamentos.
Apesar da defesa de Dino, as mensagens vazadas pela Folha de São Paulo revelam preocupações dentro do próprio gabinete de Moraes. Airton Vieira, juiz instrutor do STF, alertou sobre a possibilidade de que a operação envolvendo o TSE pudesse ser vista como irregular se questionada publicamente, mencionando que a situação “ficaria chata” se exposta. Essas revelações aumentam as críticas sobre a condução do inquérito das fake news e a perseguição política contra figuras da direita.
Depois das revelações, Moraes endureceu suas ações, ordenando a prisão dos ativistas bolsonaristas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, ambos considerados foragidos pela Justiça brasileira. Além disso, ele autorizou o bloqueio das redes sociais e das contas bancárias do senador Marcos Do Val, acusado de obstrução de justiça. As decisões de Moraes, que incluem também bloqueios bancários de R$ 50 milhões, deixam ver que ao invés de esclarecer os fatos, ele prefere repetir as ações das quais é acusado pela direita.