O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), informou que o pacote de ajuste fiscal do governo está “praticamente concluído”, dependendo apenas da posição final do Ministério da Defesa. A expectativa é que o anúncio oficial ocorra após a Cúpula do G20, marcada para esta semana no Rio de Janeiro, e a visita do presidente da China, Xi Jinping. O plano, que já conta com o aval de Lula da Silva (PT), tem como meta economizar até R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.
Entre as medidas previstas estão mudanças no critério de reajuste do salário mínimo, revisões em programas sociais como o Bolsa Família e ajustes nas regras de previdência dos militares. Haddad ressaltou que o governo busca “corrigir distorções” e evitar que o arcabouço fiscal perca credibilidade. “Precisamos fazer com que a despesa cresça num ritmo moderado e que a receita seja recomposta”, declarou o ministro em entrevista à CNBC Brasil. Ele também destacou que cortes em áreas sociais geram resistência, mas defendeu o equilíbrio fiscal como prioridade.
As áreas de Saúde, Educação e Defesa, que possuem os maiores orçamentos, serão as mais impactadas pelo ajuste. No entanto, o governo promete ações para estimular o setor privado e promover a geração de empregos. Em paralelo, a revisão do sistema de previdência dos militares está sendo discutida com os comandantes das Forças Armadas. Haddad afirmou que “cada ministério defende sua agenda, mas é necessário pensar no todo para garantir o crescimento sustentável”.