Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que 65,8% dos municípios brasileiros enfrentam falta de vacinas, com a imunização contra varicela liderando o desabastecimento em 52,4% das cidades. Apesar da gravidade do cenário e do aumento de 60% nos casos de Covid na primeira semana de dezembro, não há acusações de genocídio contra o governo federal, diferente do que ocorreu durante a presidência de Jair Bolsonaro (PL).
Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, criticou a falta de regularidade nos estoques, responsabilidade do Ministério da Saúde, destacando que “o desabastecimento combinado com a queda na percepção da importância da vacinação pode agravar a crise”. O governo admite problemas na produção da vacina contra varicela e promete normalizar os estoques até 2025, mas garante que as demais vacinas estão sendo entregues conforme solicitado pelos estados.
Além da varicela, outros imunizantes como a DTP e a meningocócica C enfrentam dificuldades de distribuição, com destaque para o Sudeste, onde 72% dos municípios relatam falta de vacinas. Enquanto isso, estados como Santa Catarina registram problemas em 87% das cidades. A gestão atual tem atribuído os atrasos a dificuldades pontuais e afirma estar implementando soluções, como diversificação de fornecedores e monitoramento digital de estoques.