Uma explosão no terminal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, levou ao isolamento parcial do local na manhã desta terça-feira (12). O artefato, identificado como uma bomba caseira, foi deixado dentro de uma sacola e explodiu por volta das 5h30, espalhando panfletos com mensagens de cunho ideológico comunista. O material, que exibia a foice e o martelo, trazia frases como “Viva o Maoismo! Viva a Revolução Democrática!”. A Polícia Militar, por meio do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), investiga o caso e busca identificar os responsáveis, após imagens de segurança mostrarem dois suspeitos deixando a sacola no local.
Tanto o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) quanto o Partido Comunista Brasileiro (PCB) negaram qualquer envolvimento no atentado. O PCdoB declarou que a ação foi “uma grave e irresponsável provocação” para prejudicar sua imagem, enquanto o PCB afirmou que “tais atos possuem histórico de serem praticados por grupos de extrema direita”. Nenhum suspeito foi preso até o momento, e a segunda bomba caseira foi detonada com segurança pela polícia sem causar feridos. A concessionária SP Terminais Noroeste interditou parte do terminal para colaboração nas investigações.
O caso reacende discussões sobre atos violentos ligados a grupos comunistas no Brasil. Históricos de ataques, como a atuação de organizações guerrilheiras nos anos 1960 e 1970, voltam à tona, especialmente a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), grupo marxista do qual fez parte a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A VPR foi responsável por atentados, incluindo a explosão que matou o soldado Mário Kozel Filho em 1968.