A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou, nesta quarta-feira (18), o uso do medicamento injetável Yeztugo Lenacapavir como medida preventiva contra o HIV. Segundo a fabricante Gilead Sciences, o fármaco, que não é uma cura para quem já vive com o vírus, demonstrou eficácia de 99,9% na prevenção de novas infecções. A aplicação é feita apenas duas vezes ao ano, o que pode facilitar a adesão ao tratamento preventivo.
De acordo com a Gilead, o Yeztugo é indicado para adultos e adolescentes com mais de 35 kg, desde que testem negativo para o HIV antes da primeira aplicação. A proposta é oferecer uma alternativa à PrEP oral diária, que muitos abandonam devido ao estigma ou dificuldades com a rotina. “É um dia histórico”, declarou Daniel O’Day, CEO da farmacêutica, destacando o potencial do medicamento para ajudar a “acabar com o HIV”.
Enquanto isso, no Brasil, o Ministério da Saúde continua priorizando uma abordagem de “prevenção combinada”, que integra estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais. No entanto, nenhuma alternativa comparável ao Yeztugo foi aprovada até agora. A OMS comemorou a decisão da FDA e sinalizou que o próximo passo será ampliar o acesso global à nova tecnologia. Estima-se que quase 40 milhões de pessoas vivam com HIV no mundo atualmente.