O primeiro turno das eleições presidenciais no Chile, realizado neste domingo (16), trouxe um resultado desfavorável para a esquerda. A candidata governista Jeannette Jara obteve 26,58% dos votos, ficando em primeiro lugar, mas seguida de perto por José Antonio Kast, do Partido Republicano, que conquistou 24,32% das preferências, com uma apuração de 52,39%. A disputa entre ambos será definida em segundo turno, marcado para o dia 14 de dezembro, em votação obrigatória para mais de 15 milhões de eleitores chilenos.
O cenário eleitoral mostra que os principais nomes que ficaram fora da disputa direta: Franco Parisi (PDG), Johannes Kaiser (Partido Nacional Libertário) e Evelyn Matthei (Chile Vamos) somaram juntos mais de 45% dos votos. Todos eles têm histórico de oposição ao governo de Gabriel Boric, o que indica uma tendência de alinhamento com Kast no segundo turno. A análise de blocos aponta que, caso essa transferência se confirme, o candidato republicano pode alcançar uma vantagem expressiva sobre Jara.
De acordo com projeções, o bloco de Jara teria cerca de 29,67% das intenções, enquanto Kast poderia reunir até 70,33% dos votos. O resultado final, no entanto, dependerá da postura dos eleitores de Parisi, que representam um voto anti-sistema e podem optar pela abstenção, além da decisão dos moderados ligados a Matthei. A disputa se desenha como um teste de força entre a esquerda, que busca ampliar sua base, e a direita, que aparece fortalecida após o desempenho no primeiro turno.











