Uma denúncia exclusiva feita pela Folha de São Paulo aponta que a equipe de segurança de Lula, composta em sua maioria por policiais federais, recebeu diversos relatórios da Agência Brasileira de Inteligência, com informações de atos que precederam ao 8 de janeiro. Isso teria ocorrido na transição de Governo.
Os documentos da Abin traziam informações de veículos que rondaram o hotel onde o então presidente eleito estava hospedado, relações de militantes bolsonaristas monitorados com potencial perfil agressor e até o relato de um homem que, ao se hospedar no mesmo local, teria tentado acessar por duas vezes o andar em que Lula estava.
Os relatórios evidenciam que havia um monitoramento antecipado da agência sobre manifestantes que apresentavam riscos à ordem pública. Caso o material tivesse sido trabalhado, o futuro rastreamento dos autores poderia ter sido facilitado.
Não era de conhecimento público, até agora, que a Abin havia produzido, no final de 2022, informações de inteligência direcionadas prioritariamente para a equipe de Lula no âmbito deste grupo de trabalho.
Procurada, a PF e a Abin não responderam à reportagem do jornal.
Fonte: Folha de São Paulo