O governo de Donald Trump, reiterou nesta segunda-feira (8) que continuará adotando medidas de pressão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A declaração foi feita por Darren Beattie, assessor do senador Marco Rubio, um dia após os atos de 7 de Setembro em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Beattie, os abusos de autoridade atribuídos a Moraes minam liberdades fundamentais, e por isso o governo norte-americano manterá ações cabíveis com base na Lei Magnitsky.
Em contraponto à postura norte-americana, o governo chinês manifestou oposição às sanções contra autoridades brasileiras. O embaixador da China para assuntos da América Latina, Qiu Xiaoqi, afirmou que seu país rejeita qualquer interferência em assuntos internos de outras nações. Durante entrevista concedida na terça-feira (9), em Pequim, o diplomata defendeu o multilateralismo e criticou o que chamou de hegemonia internacional, reforçando o apoio da China ao Brasil e ao STF como instituições legítimas dentro do ‘sistema democrático’ nacional.
Os atos de 7 de Setembro, organizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorreram em diversas cidades e contaram com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos em um gesto de agradecimento ao governo Trump, além de faixas pedindo o impeachment de Moraes e anistia ao líder da direita. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto e responde no STF por suposta tentativa de golpe de Estado, podendo ser condenado a até 43 anos de prisão. As manifestações foram interpretadas por Beattie como um “lembrete do compromisso norte-americano com o povo brasileiro que busca preservar os valores da liberdade e da justiça”.












