O Governo Federal fez o que já era previsto e, diante de uma enxurrada de gastos públicos ao longo de 2023, como por exemplo excesso de viagens internacionais, hospedagens caríssimas e uma composição de quase 40 ministérios, sacrificou a camada que mais necessita de recursos em toda a população: os mais pobres.
O novo valor do salário mínimo será de R$ 1.412 a partir de janeiro de 2024, com pagamento em fevereiro do ano que vem. Atualmente, o mínimo está em R$ 1.320. A quantia representa uma alta de R$ 92, mas ficou abaixo dos R$ 1.421 estimada na proposta de orçamento deste ano.
Pela lei que estabeleceu as novas regras para a valorização do mínimo, o reajuste corresponde à soma de dois índices: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro; e o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto dos dois anos anteriores.
Havia uma expectativa em torno do valor anunciado, mesmo com a regra de cálculo. Afinal, a bandeira de combate às desigualdades sociais parece ter ficado lá atrás, em um discurso distante. Um salário mínimo justo é sempre um primeiro passo na busca por equilibrar a balança.
Até o dia 31, Lula vai editar um decreto que estabelece o valor de R$ 1.412. Os eleitores dele certamente não se esquecerão disso.