Durante o evento de 1º de Maio em São Paulo, Lula (PT) repreendeu o ministro Márcio Macêdo (PT) devido ao baixo comparecimento de integrantes de centrais sindicais. No discurso, Lula destacou que o ministro é “responsável pelo movimento social brasileiro” e afirmou ter conversado com ele sobre a baixa presença no ato, declarando: “Esse ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”. No entanto, observa-se que os eleitores de Lula não costumam comparecer fisicamente aos eventos.
Petistas presentes no evento também demonstraram insatisfação com o baixo número de participantes, atribuindo a responsabilidade de avaliar o nível de mobilização ao ministro Macêdo e de repassar as informações a Lula. Alguns membros do partido sugerem que houve falta de articulação tanto do ministro com a militância quanto entre as centrais sindicais e as bancadas do PT nos diversos níveis do legislativo, evidenciando um apoio fraco ao líder petista, apesar de ter obtido um resultado favorável nas últimas eleições, comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demonstra um grande potencial de mobilização nas ruas.
Em resposta às críticas, aliados de Macêdo argumentam que ele não desempenha o papel de “agitador” e enfatizam que o governo participou do evento apenas como convidado, isentando-o da responsabilidade pelo baixo comparecimento da militância. Essa posição visa desvincular Lula da falta de adesão ao evento. Além disso, Lula reforçou a ideia de um apoio sólido no Congresso e negou, em seu discurso, a existência de uma “guerra” entre o Palácio do Planalto e o Legislativo, elogiando o trabalho de sua equipe de ministros na construção de alianças políticas.