O governador Tarcísio de Freitas anunciou nesta segunda-feira (3) a aprovação da nova governança da Sabesp e detalhou o modelo da oferta pública de ações da empresa, que visa beneficiar a população com a antecipação da universalização dos serviços de água e esgoto para 2029, além de reduzir tarifas a partir de um fundo de apoio. O plano de privatização prevê investimentos de R$ 64 bilhões nos próximos cinco anos, com a expectativa de que a desestatização aconteça ainda no primeiro semestre de 2024.
O processo de privatização será conduzido em duas etapas e contará com a participação de grandes bancos como BTG Pactual, Bank of America, Citi, UBS e Itaú BBA. Na primeira etapa, dois acionistas de referência serão selecionados, enquanto a segunda etapa será aberta a todo o mercado, onde os interessados participarão de um processo de bookbuilding. A proposta vencedora será aquela que oferecer o maior volume de transação e o maior preço ponderado, garantindo o maior retorno financeiro para o estado de São Paulo.
As empresas interessadas terão que aceitar um acordo de não concorrência, que limita sua participação em novas concessões em São Paulo e outros estados. O investidor estratégico, com 15% das ações da Sabesp, precisará buscar consenso em decisões importantes como mudanças no estatuto e nas políticas de dividendos. “Queremos ter alguém engajado conosco, compromissado. Não é simplesmente ter o maior preço”, afirmou Natália Resende, secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura de São Paulo.