Uma nova pesquisa do Datafolha revela que 28% dos moradores de São Paulo se declaram de direita, superando os 21% que se consideram de esquerda. Esses números indicam que metade da população da capital paulista tem uma identificação ideológica clara em um dos lados do espectro político. A pesquisa também mostra que apenas 8% dos entrevistados não souberam definir sua posição ideológica, uma queda em comparação aos 16% registrados em 2013.
Os eleitores que se identificam como de centro-direita somam 12%, enquanto 10% se consideram de centro-esquerda. Separando os números por blocos, 40% dos paulistanos se consideram do centro para a direita, enquanto 31% se identificam do centro para a esquerda. A fatia que se declara de centro representa 22% dos entrevistados. Segundo Luciana Chong, diretora do Datafolha, “as pessoas estão tomando uma posição política, isso fica claro na redução do número daqueles que dizem ‘não saber’ de que lado estão”. Esse aumento na politização dos eleitores é atribuído à influência das redes sociais e ao maior fluxo de informações.
Embora a direita tenha maior número de eleitores, essa vantagem não se traduz em uma liderança clara nas intenções de voto. Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito apoiado por Jair Bolsonaro (PL), atrai 33% dos eleitores de direita, enquanto Guilherme Boulos (PSOL), principal adversário, consegue 51% dos votos da esquerda. A fragmentação do voto direitista entre diversos candidatos, como Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB), demonstra que a eleição para a Prefeitura de São Paulo continua imprevisível, com Boulos e Nunes tecnicamente empatados.