O Partido dos Trabalhadores (PT) realizará em 6 de julho de 2025 a eleição que definirá o sucessor de Gleisi Hoffmann na presidência da sigla esquerdista. Após sete anos no comando, Hoffmann poderá assumir um ministério no governo Lula (PT), reforçando o alinhamento entre o partido e o Planalto. O processo, conhecido como PED (Processo de Eleição Direta), envolverá mais de 1,6 milhão de filiados, que também votarão para renovar as direções municipais e estaduais.
Entre os nomes cotados, destaca-se Edinho Silva, prefeito de Araraquara e aliado próximo de Lula, que já declarou considerá-lo “o melhor prefeito do Brasil”. Apesar do apoio presidencial, Edinho enfrenta resistência interna, agravada pela derrota de sua base eleitoral nas eleições de 2024, quando sua sucessora não conseguiu vencer mesmo com recursos federais e uma visita de Lula à cidade. Outros nomes, como o líder do PT na Câmara, José Guimarães, e setores que defendem maior representatividade do Nordeste, também disputam espaço no processo.
A sucessão ocorre em meio a críticas internas sobre a “Lulodependência” do partido, com o PT enfrentando um cenário complicado para 2026. A queda de popularidade de Lula, após a criação de uma crise econômica e o fortalecimento do bolsonarismo no Nordeste colocam o PT em uma situação ainda pior para 2026. Internamente, líderes como José Dirceu defendem uma reconstrução partidária com foco nas bases populares, enquanto Hoffmann cobra maior participação dos ministros do governo na promoção das entregas realizadas.