As mulheres atualmente representam apenas 18% dos deputados federais. Segundo ranking da União Interparlamentar, organização que reúne 193 países, o Brasil ocupa a posição de número 146 na participação de mulheres no Parlamento. A Casa já aprovou uma proposta que assegura ao menos uma vaga para as mulheres nas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, além de cada uma das comissões do Congresso – o texto agora precisa ser analisado pelos senadores.
A Procuradora da Mulher na Câmara, a deputada Soraya Santos (PL-RJ) defende a proposta relatada por ela, que reserva percentual mínimo de representação para mulheres no Poder Legislativo. Além disso, o percentual aumentará de forma gradativa: 10% das cadeiras na primeira legislatura; 12% na segunda; e 16% na terceira. As cotas valerão também para as assembleias legislativas e para as câmaras municipais. O texto já foi aprovado por uma comissão especial em 2016, mas aguarda pela votação em Plenário.
Soraya Santos acredita que só com mais mulheres pensando e votando propostas, haverá mudanças significativas no dia a dia.
“Reparem: quando o assunto é mulher, dignidade da pessoa, do idoso, da criança, as mulheres correm para o Plenário, porque elas são suprapartidárias. O câncer não conhece partido. A saúde da mulher não conhece partido. E isso é uma característica nossa”, destacou.
Apesar da movimentação em torno deste 8 de abril, Dia Internacional da Mulher, o Brasil ainda tem muito a evoluir – uma maior representação do Congresso é um passo importante nesse sentido.