O governo do Rio Grande do Sul e a Prefeitura de Porto Alegre estão sob escrutínio devido aos cortes nos gastos com defesa civil em 2023. Os números revelam uma redução de 8% nos investimentos do estado e uma queda alarmante de 68% por parte da capital gaúcha, em comparação com o ano anterior. Essas medidas são questionadas em meio às graves consequências das recentes chuvas, que já provocaram ao menos uma centena de mortes na maioria das cidades do estado desde 28 de abril.
Segundo dados do Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro) do Tesouro Nacional, os gastos totais em defesa civil em 2023 atingiram R$ 598 milhões, representando um aumento modesto de 0,6% em relação ao ano anterior, mas ainda abaixo da inflação de 5,8%. A situação é agravada pela falta de informações de 48,7% das cidades gaúchas, considerada uma irregularidade administrativa.
Os danos causados pelas chuvas são visíveis em todo o estado, com imagens de satélite mostrando a devastação em Porto Alegre, na região metropolitana e no interior. A Defesa Civil relata que cerca de 80% das cidades gaúchas foram afetadas pelas tempestades, evidenciando a necessidade de investimentos contínuos em defesa civil para garantir a segurança e a proteção da população diante dessas adversidades climáticas.