Ciro Gomes oficializou sua volta ao PSDB nesta quarta-feira (22), em evento realizado em Fortaleza (CE), com o objetivo de disputar o governo estadual em 2026. A decisão marca o rompimento com o PDT, partido ao qual esteve filiado por uma década, e reflete seu posicionamento crítico diante da aliança pedetista com o petista Elmano de Freitas. O ex-ministro, que governou o Ceará entre 1991 e 1994, agora se apresenta “vestido de verde e amarelo”, buscando apoio entre setores conservadores em um estado historicamente dominado pela esquerda.
A saída de Ciro do PDT foi formalizada na sexta-feira (17), por meio de uma carta enviada via WhatsApp ao presidente da sigla, Carlos Lupi. O documento, breve e sem justificativas detalhadas, encerrou uma relação marcada por divergências com a esquerda. Segundo Lupi, o rompimento foi motivado pela “oposição visceral” de Ciro a Lula, ao senador Camilo Santana (PT-CE) e ao próprio PT. A nova filiação ao PSDB, articulada com apoio do ex-senador Tasso Jereissati, representa uma tentativa de reorganização do centrão no estado, diante da hegemonia petista.
Com a chegada de Ciro, o PSDB busca reverter sua crise histórica, já que atualmente não governa nenhum dos 26 estados nem o Distrito Federal. Aos 67 anos, o ex-ministro afirmou que não pretende mais disputar a Presidência, encerrando uma trajetória marcada por múltiplas candidaturas e sete filiações partidárias. A disputa pelo governo do Ceará deve se concentrar entre Ciro e Elmano, em um cenário que opõe diretamente o projeto tucano ao avanço do petismo local, respaldado pela coligação socialista na região.










