A Coreia do Norte anunciou a ampliação de seu arsenal nuclear, com o líder Kim Jong-un afirmando que o país está preparado para usar suas armas a qualquer momento. Durante um evento em comemoração ao aniversário de fundação do país, Kim destacou que a política norte-coreana é construir uma força nuclear “exponencial”, justificando a necessidade de se proteger contra ameaças externas, especialmente dos Estados Unidos e seus aliados. Projeções indicam que o país possui entre 20 e 115 ogivas nucleares, enquanto testes recentes incluem simulações de contra-ataques nucleares.
O aumento da presença militar da Coreia do Norte ocorre em um momento de crescente tensão na região, com a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizando exercícios militares conjuntos, vistos como provocação por Pyongyang. A relação entre as duas Coreias, que assinaram um armistício na década de 1950, deteriorou-se rapidamente nos últimos anos, com o rompimento de acordos de não agressão e a intensificação de atividades militares.
No cenário internacional, a aliança entre Coreia do Norte e Rússia também se estreita. Segundo o general alemão Carsten Breuer, a Rússia tem recebido armas norte-coreanas para manter seus estoques durante a guerra contra a Ucrânia. Autoridades dos Estados Unidos confirmam o envio de mais de 16.500 contêineres de munições e equipamentos para Moscou desde o ano passado. “Essas armas estão fortalecendo a posição da Rússia e possibilitando a continuidade de sua agressão na Ucrânia”, afirmou Breuer em Seul.