O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção passiva e peculato. A investigação aponta que os crimes ocorreram durante seu mandato como vereador e vice-governador do estado, entre 2017 e 2020. A informação, divulgada inicialmente pelo portal UOL, indica que o indiciamento é baseado em delações premiadas de ex-assessores e funcionários ligados a programas sociais, acusando Castro de receber propina.
A defesa do governador reagiu prontamente, classificando o indiciamento como “infundado” e baseado em “delação criminosa de um réu confesso”. Em nota, os advogados de Castro anunciaram que vão pedir a nulidade do relatório da Polícia Federal, alegando que o governador nunca foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o caso. “Causa estranheza o fato de, em todos esses anos, o governador sequer ter sido convocado a prestar qualquer esclarecimento sobre os fatos”, declarou a defesa, reforçando sua confiança de que a verdade será esclarecida no decorrer do processo judicial.
As investigações incluem a análise de supostos desvios de verbas de programas assistenciais, com a quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de Castro autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em dezembro de 2023, a PF realizou uma operação de busca e apreensão contra Vinícius Sarciá Rocha, apontado como operador do esquema de corrupção. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresentará denúncia formal contra Castro.