A China está considerando a privatização de algumas de suas estatais em um esforço para reverter a desaceleração econômica e combater o crescente desemprego. O presidente Xi Jinping tem pressionado as autoridades regionais a implementarem reformas mais profundas nas empresas estatais, além de incentivar o setor privado. A medida surge em meio a um cenário de fraca recuperação pós-pandemia, com o setor imobiliário em crise e a redução das expectativas de crescimento econômico para 2024.
Em um simpósio recente, Xi destacou a importância de colocar a geração de empregos no centro das políticas econômicas. Ele também prometeu eliminar o protecionismo local que limita o desenvolvimento das empresas privadas. No entanto, o impacto dessas medidas enfrenta resistência, já que a economia chinesa lida com altos níveis de dívida e uma queda na confiança dos consumidores, que estão poupando mais e gastando menos devido à incerteza financeira.
A crise econômica atual também está afastando empresas internacionais que anteriormente investiam na China. Gigantes como IBM e Sephora anunciaram cortes e fechamentos de operações no país, refletindo o desafio de revitalizar a economia. O governo chinês, por sua vez, tenta evitar comparações com a bolha imobiliária japonesa dos anos 1980, enquanto busca controlar os danos econômicos sem recorrer a soluções fiscais arriscadas.