As forças de segurança chinesas prenderam o bispo Peter Shao Zhumin, o líder católico clandestino de Wenzhou. O bispo, que consistentemente resistiu em se juntar à chamada “Associação Católica Patriótica” controlada pelo Partido Comunista Chinês, foi detido há mais de uma semana.
O religioso, ordenado bispo coadjutor em 2011 com um mandato papal de Bento XVI, enfrentou oposição contínua do Partido Comunista Chinês (PCC) devido à sua recusa em se alinhar com a Associação Patriótica. Apesar de sua ordenação, ele nunca foi oficialmente reconhecido pelo PCC.
Wenzhou, região da China onde existe uma das comunidades católicas mais antigas e dinâmicas da China, tem sido um ponto focal da agressiva campanha de remoção de cruzes do PCC desde 2014. Mais de 2.000 cruzes foram removidas de edifícios de igrejas em um esforço para apagar o símbolo cristão da paisagem chinesa. A campanha envolveu demolições, espancamentos e prisões de cristãos que resistem.
O bispo Shao, o líder da diocese católica de Wenzhou após a morte de seu antecessor em 2016, foi impedido de exercer seu ministério. Paralelamente, o governo chinês nomeou de forma unilateral o padre Ma Xianshi, membro da Associação Católica Patriótica Chinesa, para supervisionar a diocese.
A recente prisão do bispo Shao ocorreu após ele protestar em uma carta ao padre Ma em 31 de dezembro. O religioso expressou preocupação com mudanças não autorizadas em paróquias.