O Brasil segue como vice-campeão global em taxa de juros reais, com a Selic mantida em 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A posição é resultado da combinação entre juros elevados e projeções de inflação, que colocam o país atrás apenas da Turquia no ranking internacional. Segundo levantamento da Lev Intelligence, o juro real brasileiro está em 9,51% ao ano, reforçando o peso da política monetária diante de um cenário fiscal instável.
A Turquia lidera o ranking com juro real de 19,7%, enquanto o Brasil ocupa a segunda colocação entre 40 economias analisadas. Países como Rússia, Colômbia e México aparecem em posições inferiores, com taxas reais abaixo de 5%. A média global é de apenas 1,45%. A manutenção da Selic em patamar elevado reflete a cautela do Banco Central diante da política econômica do Governo Lula (PT), marcada por aumento de gastos e ausência de reformas estruturantes.
O economista Jason Vieira, responsável pelo estudo, aponta que o Copom optou por não reduzir os juros devido à instabilidade fiscal e à falta de sinalizações claras do Governo Federal quanto ao controle das contas públicas. A decisão também considera o cenário internacional, onde a tendência é de cortes nas taxas básicas, especialmente nos Estados Unidos, sob o governo do presidente Donald Trump. Entre os 165 países analisados, apenas 13,94% realizaram cortes, enquanto a maioria manteve suas taxas.
