O Brasil, representado pelo governo Lula (PT) endossou uma carta enviada pela Turquia à ONU pedindo um embargo internacional de armas contra Israel, o que pode facilitar a ação de grupos terroristas na região e permitir que o regime do Irã se prepare militarmente para atacar o território judeu. A medida, formalizada no dia 1º de novembro, coloca em xeque o suporte militar a Israel em meio ao confronto com o Hamas, grupo reconhecido por suas ações terroristas e que, recentemente, realizou atentados deixando mais de 1.200 mortos e centenas de reféns.
A carta foi divulgada pelo ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, durante uma coletiva de imprensa em Djibuti, onde ele afirmou que a venda de armas a Israel seria “participar do genocídio”. Além do Brasil, países como Arábia Saudita, China, Irã, e Rússia, junto à Liga Árabe e à Organização de Cooperação Islâmica, são signatários. No entanto, analistas observam que o apoio à carta pode permitir que o Irã, que possui um histórico de ameaças contra Israel, se fortaleça militarmente enquanto Israel estaria limitado na sua capacidade de se defender, potencialmente colocando o país em maior vulnerabilidade no futuro.
Com o governo Lula entre os signatários, a política externa brasileira parece mais alinhada a interesses de países críticos ou inimigos de Israel, abrindo caminho para um isolamento diplomático. A decisão gerou controvérsia no cenário internacional e aprofunda os atritos com Israel, especialmente após a recente declaração do presidente brasileiro comparando a ofensiva israelense ao Holocausto. Para Israel e seus aliados, um embargo deste tipo favoreceria a ascensão de grupos terroristas e a expansão de regimes hostis, como o iraniano, na região.