O Banco Central conseguiu segurar a cotação do dólar no primeiro pregão após o feriado de Natal. Coube a autoridade monetária vender US$ 3 bilhões em um leilão à vista. Em apenas duas semanas, a injeção de dólares no mercado já chega a US$ 30,77 bilhões. E não parou por aí. Horas depois, o BC fez um novo leilão, desta vez de 15 mil contratos para fortalecer, proteger e impactar o mercado de dólar e juros futuros, em uma tentativa de estabilizar ao máximo o mercado financeiro.
O remédio, ainda que amargo para as reservas brasileiras, surtiu efeito e a moeda norte-americana encerrou o pregão desta quinta-feira com leve baixa de 0,11%, cotada a R$ 6,177. Na direção oposta, mas com visível timidez, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo subiu 0,25%, aos 121.077 pontos.
Por mais que o Banco Central faça sua parte, ainda sob o comando de Roberto Campos Neto, que deixará o cargo ao final de dezembro, não há decisão capaz de controlar os efeitos de um Governo que teima em gastar mais do que arrecada, e não apresenta um pacote de corte de gastos condizente com a crise enfrentada por aqui.